O dia amanhece. A claridade do sol varre para longe a escuridão presa nos olhos sonolentos. Abro a janela. O mundo dá sinais de vida.
O canto dos pássaros avisa-me de que posso ouvir. O pé de jasmim embaixo da janela diz-me que posso sentir os cheiros do mundo. As borboletas esvoaçando por sobre as flores avisam-me de que “há muita vida lá fora”. As pernas dizem-me que posso andar, os braços, que posso abraçar. Do fundo do quintal, chega-me o perfume do bogari e do jasmim laranja. Há, sempre, nas manhãs de sol, uma mensagem qualquer escondia nas pequenas coisas que às vezes olhamos sem ver. Olhamos, sim, para trás e nos questionamos de tudo quanto gostaríamos de ter feito e o quanto ainda existe por fazer. Lamentar não reconstrói nem devolve os erros transformados em acertos.
Ninguém paga pelos serviço desess coadjuvantes sem os quais as histórias não passariam de meras ideias.
A arte é apenas a natureza aprisionada.