"Dizem que finjo ou minto tudo que escrevo. Não. Eu simplesmente sinto com a imaginação. Não uso o coração. Tudo o que sonho ou passo, o que me falha ou finda, É como que um terraço sobre outra coisa ainda. Essa coisa é que é linda. Por isso escrevo em meio do que não está de pé, livre do meu enleio, sério do que não é. Sentir? Sinta quem lê!" -
Eu não posso ser o que você quiser, sou bem mais do que os seus olhos podem ver!
sábado, 13 de março de 2010
Toma a minha vida...
Toma a minha vida
Serve-te dela
Respira pelos meus pulmões
Toma a minha voz
E diz através dela as coisas indiziveis pela tua
Corrompe a minha alma com os tormentos que mutilam a tua
Queima a minha carne como se a tua castigasses pelos pecados que te negas
Prostitui o meu corpo com os amores de rua que amas com desprezo
Envenena-me as ideias com os medicamentos viciantes que te deturpam a visão
Anda com os meus pés nessa rua mal iluminada de piso encharcado
Chora com as minhas lágrimas as dores que não sabes sentir
Abraça os estranhos com os meus braços
Conta as minhas histórias para esconderes as tuas
Abre a janela do meu quarto em vez da tua de vidro partido
Deita-te na minha cama
Não na tua
Essa fede ao horror do teu suor
Olha-te no meu espelho
Ele reflecte os meus olhos, não a tua verdade
Deita-te no meu regaço
Aninha-te no meu colo
Conta-me os teus segredos
Tesouro trancado em cofre sem chave
Esconde-te aqui
Na palma da minha mão
Não abro os dedos
Por mais que se me sangrem as unhas...
ELIANA LAWIN
No momento em que me cresce nos olhos a morte dos sorrisos
as palavras são pancadas secas reinventadas numa natureza morta com lágrimas
Com um sussurro na boca inspiro e expiro pétalas
E na explosão do silêncio, acabo de nascer na ausência
Sim
as lágrimas cheiram a tulipas.
Assusta-me a respiração desordenada dos instantes
onde o esquecimento está entre o sol e o sal.
Dividida entre a luz inocente e as sílabas que a matam
devia fazer frio mas o sol é espesso
as tulipas e as mãos escrevem palavras no limiar da caligrafia
cristalizam-se estribilhos de mágoa.
Ninguém lê nas lacunas que separam a sombra dos dias
e onde começa a dor, voam lábios atados pelo silêncio.
A luz inocente aguarda a noite onde
as mãos abandonam-se aos dias por abrir
Quando os rumores dão um nó nas lágrimas
que me bebem os olhos
as noites são frágeis e cortam o amanhecer.
Lentamente a luz cai sobre as palavras
tenho feridas no limiar da manhã quando vocábulos
dançam a pique numa metamorfose que
lentamente cai sobre as palavras.
Presa no meu próprio labirinto...
Um labirinto que eu mesma criei, mas que desconheço por completo!
Percorri-o tantas e tantas vezes e mesmo assim não encontrei o fim.
Perco-me...sozinha, desamparada...até que te vejo!
Percebo então que todos nós percorremos um labirinto e que vamos tendo pontos de contacto...
Percebo também que preciso de ti para conseguir alcançar as pequenas conquistas que vou propondo a mim própria, mesmo sabendo que tudo o que me rodeia é desconhecido!
Porém...
Paralelamente percebo que não pretendo descobrir a porta de saída, não para já!
Eu tenho um segredo...
“As mentiras mais cruéis são geralmente pronunciadas no silêncio".
Um não, muitos.
Porque decidimos guardar para nós certos momentos?
Não são só os momentos mais embaraçosos, os que piores recordações nos trazem, os que mais nos envergonham...
Às vezes os segredos são momentos que não queremos partilhar com ninguém porque a magia perder-se-ia nos porquês dos outros.
Há coisas que não se explicam, não se compreendem.
Vivem-se.
Eu vou vivendo e vou coleccionando os meus.
Intensidade...
A vida começa no dia seguinte,e só existe uma maneira de viver: apaixonada.
Por isso dança, dança como se ninguém te estivesse a ver.
Trabalha, como se não precisasses de dinheiro.
Corre, como se não houvesse a chegada.
Ama, como se nunca tivesses sido magoada antes.
Acredita, como se não houvesse frustração.
Grita, como se ninguém estivesse a ouvir.
Beija, como se fosse eterno.
Sorri, como se não existissem lágrimas.
Abraça, como se fossem todos amigos.
Dorme, como se não houvesse amanha.
Cria, como se não existisse critica.
Vai, como se não precisasses voltar.
Acorda como se nunca mais fosses dormir de novo.
Faz a próxima viagem como se fosse a última.
Veste-te como se não conhecesses espelhos.
Propõe, como se não existissem as recusas.
Brinca, como se não tivesses crescido.
Levanta-te como se não tivesses caído.
Casa-te como se não houvesse outra vida.
Mergulha, como se não houvesse medo.
Ouve, como se não existisse o certo e o errado.
Fala, como se não existisse o certo e o errado.
Aprecia, como se fosse eterno.
Vive, como se não houvesse fim.
Prefere ser, ao invés de teres.
Sente, ao invés de fingires.
Anda, ao invés de parares.
Abre, ao invés de fechares.
terça-feira, 9 de março de 2010
Eliana Lawin
Que traz beleza e luz aos dias mais difíceis
Que divide sua alma em
duas
Para carregar tamanha sensibilidade e força
Que ganha o mundo com sua
coragem
Que traz paixão no olhar
Mulher,
Que luta pelos seus
ideais,
Que dá a vida pela sua família
Mulher
Que ama
incondicionalmente
Que se arruma, se perfuma
Que vence o
cansaço
Mulher,
Que chora e que ri
Mulher que sonha...
Tantas
Mulheres, belezas únicas, vivas,
Cheias de mistérios e encanto!
Mulheres
que deveriam ser lembradas,
amadas, admiradas todos os dias...
Para
você, Mulher tão especial...
Feliz Dia Internacional da Mulher!
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