sexta-feira, 22 de abril de 2011

Eliana Lawin

Tua sombra encobre a minha felicidade, que agora se esconde em meio à penumbra, da escuridão e da solidão de uma noite silenciosa; como a tua própria voz que se calou perante os meus ouvidos. Teus olhos cravaram meu coração na tristeza perpétua mórbida e imortal do teu beijo. E quanto mais me fazias sofrer, mais me prendia nas tuas promessas mentirosas e desejos. Da tua boca, sai o cálido som da minha armagura; dos teus dedos, a gélida e sórdida impressão de passado. Que se embreagou com o álcool do sofrimento e foi esquecida pela dor te ter te amado e do amor não ter sido morto e enterrado enquanto ainda era tempo...