domingo, 22 de julho de 2012

Fome




Fome

Quão estranha é cada despedida.
Coração se despe na extensão
até o ponto de partida e se fecha.

Sentimento dispara um tiro
depois de milhões de dias silenciosos
sangrando a terra para a fertilidade.

Novidade amanhece impondo
em pleno inverno o nascimento
de uma flor sem a recepção do sol.

Cavalgada sem graça entre milhões
de pessoas dormindo sobre a fazenda
plana perfumada.

Saudade navega sem corpo, sem fantasia
Buscando abrigo para um beijo um sentir etéreo,
Pois não há mais porto.

A verdade compreende e desprende
onde a vida saudava ao sempre.

Reverenciando ao nada reflete
certezas intensas e intentos impulsos.

 Libertando em fatos,
desaguando no mar
e respirando a brisa
da liberdade.

Sozinhos com os sinos da saudade
Que às vezes se fazem ouvir pelos vales
Verdes de promessas em renovadas direções
Para as nações da sobrevivência sem definições.

O futuro espera por um milagre para os descrentes
esquecidos por um dia na linha do desejo,
e são lavados para a cúpula branca
da compaixão,
 pois a pergunta é uma oração de despedidas
e o dia nasce outra vez fora das nossas forças.
Encontros distantes também acontecem
 em abraços sem serem
marcados,
 reencontros que nunca aconteceram
dão a mão e expressam:
 você não está só.