Minha estação...
A vida...
Procurando por lábios sábios.
Mão da vida aquecendo os sentidos
da gelada cegueira sangrando
a sombra do travesseiro
da amada que sonha
Coabitando
nas asas do bem querer.
Olhos entorpecidos
cansados
da batalha
volta ao lar em
ondas vagarosas
que se dobram e beijam o seio da terra
Âmbar.
Estou à só
desamarrando meus cadarços
destes pés de cacos,
Eterno Ferido
Tal qual imã de cactos.
Veloz e cautelosa adoração
de ser... Feliz?
raras rajadas loucamente passeiam por mim.
perfume teu que por hora
guardo no frasco inquieto
entre o amanhecer das avencas livres
orvalhando em palmas
até te acordar....
por um acorde impossível
de chegar pois escapa e parte.
Leve paixão flutua
Não demora e chove em espiral
tranquilizante garoa dança
desarrumando a mesa da lua
em um
solo de piano
que está coberto pela luz estrelar.
Ausência acústica
Quebra o silêncio
Faz-se musica,
entre os metais
artificiais
ao fundo longe, longe coral
de celulares em lamentos
amores distantes passeiam
no profundo campo do espaço das estrelas
e desaparecem no manancial do céu da boca vazia.