domingo, 22 de julho de 2012

Minha estação






Minha estação...


 A vida... 

Procurando por lábios sábios. 

Mão da vida aquecendo os sentidos
 da gelada cegueira sangrando
  a sombra do travesseiro
da amada que sonha

Coabitando

nas asas do bem querer.

Olhos entorpecidos
cansados
da batalha
volta ao lar em
ondas vagarosas
que se dobram e beijam o seio da terra
Âmbar.

Estou à só
 desamarrando meus cadarços
destes pés de cacos,
Eterno Ferido
Tal qual imã de cactos.

Veloz e cautelosa adoração
de ser... Feliz?
 raras rajadas loucamente passeiam por mim.

perfume teu que por hora
guardo no frasco inquieto
entre o amanhecer das avencas livres
orvalhando em palmas
até te acordar....
por um acorde impossível
de chegar pois escapa e parte.



Leve paixão flutua

Não demora e chove em espiral
 tranquilizante garoa dança
desarrumando a mesa da lua
em um
 solo de piano
que está coberto pela luz estrelar.

Ausência acústica
Quebra o silêncio
Faz-se musica,

entre os metais
artificiais
ao fundo longe, longe coral
de celulares em lamentos
 amores distantes passeiam
 no profundo campo do espaço das estrelas
e desaparecem no manancial do céu da boca vazia.