terça-feira, 16 de fevereiro de 2010

ELIANA LAWIN

se alguém disser que morri, avança até à varanda do céu, escuta a noite e recolhe o meu corpo da espuma dos planetas. não deixes que o meu rosto se dissolva nas tuas mãos, insiste no meu nome até que o mar ascenda à tua boca. e de luar em luar celebra o coração que fiz teu, mudamente, como se o amor fosse sobreviver às veias paradas de sangue.