Vejo nos teus olhos entristecidos,
melancolia e desprendimento,
o franzir da testa, o sofrimento,
revelam desgostos contidos.
Leio no teu rosto agonizado,
a dor forte suspensa,
dilacerada, acutilante, intensa,
fruto do amor desprezado.
Conheço bem esse desgaste
(ainda sinto o grito alucinante)
Que despedaça o coração.
Já é silêncio que baste,
Perderes a tua constante,
Não percas também a razão!