Confidenciei à solidão,
O derradeiro delírio da minha alma,
Delicadeza pueril que salma,
O som do bater do coração.
Executado em dó menor,
Recital de angústia magistral,
Pautada por dor abismal,
Tendo por maestro o Amor.
Sorrio como quem desmente,
O drama agreste que me fere,
Fingindo ter quem me espere,
Quem a minha falta sente!
Oh dolorosa e triste memória.
Amor ausente. Vã glória.