quarta-feira, 3 de março de 2010

Refúgio e perdão.

P.S: Essa foto me provocou uma emoção muito grande, todos nós temos nossas dívidas, e eu como ser humano falível que sou tenho as inúmeras faltas a serem corrigidas. Dedico esse poema à todos que sempre visitam esse espaço, não importando a religião, somos todos irmãos.
Quem somos diante do divino ?
Nós, que somos pequeninos diante do Universo de formas, de traços
atraímos o que pensamos,
desejamos o que nos é conhecido
amamos o que nos são semelhantes
odiamos com facilidade e não sabemos perdoar.
Quem somos diante do desconhecido ?
Quando o Pai Celestial nos convoca,
é lá que aguarda a tarefa,
de amar,
de servir,
de se perdoar.
Em meio aos gritos de dor que ouvimos todos os dias,
façamos de um canto da casa nosso refúgio,
espaço reservado ao aperfeiçoamento
do sentimento puro,
do relacionamento fraterno
e da humildade.
Quem somos nós para desacreditar na fé ?
Transmitimos nossas idéias sobre tudo
sobre todos, todos os dias,
mas quando chamados à conversação sadia em torno da mensagem divina,
apresentamos mil inconveniências,
intimidados pela verdade absoluta.
É preciso coragem para se criar o santuário
onde com generosidade guardaremos nossos tesouros mais sagrados,
é lá que aprenderemos a pautar nossas relações mais fraternas com o mais sadio pensamento.
É nesse recinto que exumaremos nossas mais terríveis reminiscências,
ansiosos pelo perdão, pedindo à Jesus orientação.
Quem de nós nunca errou ?
Sempre com as melhores intenções nos lançamos às aventuras amorosas,
na expectativa de que sejam emocionantes,
ansiamos que cada momento seja delirantemente doce, e doloroso resultado advém dessas conquistas efêmeras nos derrubando ao chão, tão humilhados e derrotados.
Quem somos diante do divino ?
Amarremos uma fita branca em nosso corpo, em nosso refúgio
símbolo perene do perdão,
abandonemos a angústia moral, apaguemos o capítulo de sofrimentos dolorosos e sigamos em frente,
a jornada começa em nosso refúgio.