segunda-feira, 18 de janeiro de 2010

Consolação

De quanto tempo data esta saudade?— Naquela tarde calma em que partiste ela veio, de manso e sem piedade, pôs em meus dias este modo triste.Desde então olho sempre com ansiedade Para a estrada por onde te sumisteE vou passando assim a mocidade,Esquecido de tudo o que mais existe...Não te assustes no entanto se padeço...Pois, sofrendo este mal que me devora,Mais te estimo, te quero e te mereço!E, sonhando que um dia hás de voltar,Vejo, aos poucos, finar-se a minha aurora E tranqüilo envelheço a te esperar ...