terça-feira, 19 de janeiro de 2010

DE UMA TARDE ESCURA...

Cheiro de chuva, o vento canta... O céu se esconde...Janelas guardam seu sorriso... A rua cala.Portões fechados, raio irado... E não sei onde,mansa viola, de saudade, à alma fala.Ruge o trovão... Quem chamará? Ninguém responde...Lágrimas, tantas... Na vidraça lá da sala.Folhas correndo, a brincar de esconde-esconde...Estranha tarde, que a viola, terna, embala.Agora há pouco havia sonhos de verão...Quem transformou-os nessa plúmbea solidão...Por qual desdita retirou-se o sol de mim?Ninguém o fez, responde a voz da consciência.Ele partiu... E não suportas sua ausência...E de tristeza, vês o mundo escuro, assim!