quarta-feira, 12 de maio de 2010

Sou como um dia cinzento!

Quem me dera um dos meus dias cinzentos, chuvosos e embrulhados na fresca neblina...Quem me dera um dia assim para refrescar e lavar os meus pensamentos!
Assombram-me ecos longínquos de enganos, lançados como pedras afiadas que ferem e sangram interiormente sem dó nem piedade! Aos meus ouvidos soam como alarmes ruidosos para que eu possa escapar do perigo iminente que me arrasta para longe da realidade... Sinto-me como naqueles sonhos em que uma pessoa cai e nunca mais chega ao fundo, onde o medo é constante e doloroso.Porém, resta-me sempre um raio de fé. Pergunto-me de onde vem este raio! Para que me serve? Para me dar breves momentos de paz e certezas? Para que serve se depois sou como que atropelada pela malvadez, a indiferença, o gozo, a traição!!! Palavras!!!Adoro as palavras! São pedaços de alma, são presentes eternos e fortes. Não quero que me ofereçam palavras se ignoram a força e o significado que têm! Mais vale ficar só e perdida por entre as MINHAS palavras...essas sim são puras e fiéis!
Continuo à espera é de um dia de chuva.Um dia cinzento. Um dia que seja como eu...sem cores que nos seduzam iludindo-nos, sem a luz para nos cegar, sem aquele brilho que nos prende e nos vicia só para nos enamorarmos dele! Abaixo os dias de sol, fora a hipocrisia e a imposturice!