terça-feira, 9 de fevereiro de 2010

Enésima...

Que dor é essa que consome meu peito,Me possui em pele, alma e respeitoMe destrua, penetra incisiva meu seioMe consome a comer por dentro,Temeroso, mas não recuo, rateioTe persigo em fuga, teu colo tateioMe afogo em águas turvas, me domina o medo;Essa agonia que me consome,A dor que derruba meus olhos,Me lambe a cara o abutre do lutoAbre meu corpo e o coze disforme,A falta de sentido ainda há de me matarTristeza essa que não para de me esmagarO tempo já se tornou irrelevante,A dor é tão profunda que me sinto ao natural...Mas assim, companheira constante,Ela me fere e me destrói o âmago carnalArrebento-me em lagrimas que não fazem cessar o malMe lavo o corpo em choro desesperado,Antes doer de tua falta,Que dor assim, sem nem querer te ter a meu lado,Ah, a saudade era tão mais macia...Como dói sentir a tua mão na minha...Dói te olhar e sentir minha vida tão vazia...Dor que me deforma,Que me corta, que me esfola,Que me encerra apertado,Nas falta de futuro que me submete o teu estado...