terça-feira, 9 de fevereiro de 2010

Tortura

Meus olhos ardem de lágrimas não choradas Da saudade que eu prefiro não mostrar correspondida Minhas fracas veias o pobre peito esmaga Bombeando a cada segundo dores mais malditas Meu sangue é rio poluido,Cheio do lixo da mágoa e da mentira Meu corpo é lento e enegrecido; Meu coração se endurece a cada dia; Corpos jazem em frente meus versos Lambendo as feridas e os remendos dos meus lábios Verdades com as entranhas expostas Que você estripou uma a uma com suas palavras Rasgo a fraqueza enterrando-a em águas turbulentas Todas as ruínas e colunas Que mantinham em pé o sentimento Mas que cruel é o meu amor;Que se move e se ergue mesmo esquartejado; Seus olhos e atos são como melodia hedionda Que fere meus sentimentos e devora minha vida Que seria de mim ao teu lado,Senão vítima indefesa à tortura condenada,Te ouvir e te ver, te beijar com medo de te perder Perfuraria meus olhos por te ver distante,Arrancaria meus braços por tornarem-se inúteis na tua falta Seria como ter em mim um espinho penetrante,Que entraria em minha pele pra cortar a minha alma...