quarta-feira, 27 de janeiro de 2010

Carcaça

Carcaça! Porque andas a seguir-me? Rosto negro sujo pela poeira vil... Quem és tu? Andando arrastado à sujeira? Com o morto-vivo de estimação... Olho as ilusões do viver, Na esperança da momentânea felicidade... Mas sempre estais à espreita! Óh! carcaça que me assustas na serenidade... Mirando-me com olhar pesado! Será mágoa de algo que fiz? Lágrimas sujas em teu rosto senil... Porque me acusas em meio à multidão? Espectro maldito que apenas eu posso ver... Sendo tu! Carcaça! Tudo que quero esquecer... [Neste viver de fantasias medíocres...