sexta-feira, 29 de janeiro de 2010

eliana lawin

Escrevo... apago... escrevo... deito fora... Perdi o toque! A vontade! A magia... O que tinha de mais precioso e meu... Perdi-o... O que me dava força morreu... As palavras que me soltavam os sentimentos,perderam-se nos meus mais negros momentos, Já não me soam a nada... Nem a Cântico de Fada ou cantilena de Bruxa que a maldade puxa... Com a tristeza, amargura, esvai-se a minha cândura... Mesmo em noites de mar revolto, Onde afogo o meu maior desgosto, Já nem as ondas me revelam o brilho das letras... Até isso fui perdendo... A seu tempo... É com mágoa que me desfaço em água... A de não querer, conseguir ou sequer sentir o que antes adorava... a minha escrita sagrada... Solidão profunda... A de não as ler como antes... Rimas sempre as fiz, coordenar as palavras também... Mas sempre com alma! A que agora me falta! Os gritos que elas abafaram e que nunca os dei, As desilusões que nunca contei, Os sonhos que com elas pintei, Os pesadelos com quem elas assustei, Os mundos que escondi e a elas dei... Todas elas estão vazias... ôcas... perdidas... môcas...