sexta-feira, 29 de janeiro de 2010

ELIANA LAWIN...

A vida me deu experiências que não tem preco ensinou-me a ter paciência (embora ainda muito falte!) a acreditar que existe sempre um começo a suportar a ausência a cada sofrimento, a cada lágrima meu espírito tornou-se forte e já não se verga com o vento forte ou com a palavra rude ja não sinto aquele apelo imediatista de responder a uma pergunta pelo simples fato de querer vencer ou provar minha opinião quando me fazem a pergunta tento enxergá-la pela visão do outro e não pelos meus olhos sigo na vida sem distribuir cartas sem comprar o bagaço da mesa sem esconder atitudes não jogo (nem bebo ou fumo) mas nao julgo aqueles que o fazem apenas depois de meio século vivido tento sentir com intensidade todos os meus momentos e na terras molhadas das diversas cabeças tento semear meus pensamentos mais bonitos se eles dão flores de vivas cores é porque encontraram uma terra fértil que de mim necessitava (fico feliz...por fazer alguém feliz!) quando é assim, ergo minha cabeça olho diretamente na vitrine do rosto do outro perco-me no túnel dos olhos toco o rosto com minhas mãos num gesto suave e tento enxergar a alma mas se sinto a inconveniência no momento em que falo recolho-me humilde no castelo de meus sonhos e me calo ...