quarta-feira, 27 de janeiro de 2010

Depois do sol...

Fez-se noite com tal mistério,Tão sem rumor, tão devagar,Que o crepúsculo é como um luar Iluminando um cemitério . . . Tudo imóvel . . . Serenidades . . .Que tristeza, nos sonhos meus!E quanto choro e quanto adeus Neste mar de infelicidades! Oh! Paisagens minhas de antanho . . .Velhas, velhas . . . Nem vivem mais . . .— As nuvens passam desiguais,Com sonolência de rebanho . . . Seres e coisas vão-se embora . . .E, na auréola triste do luar,Anda a lua, tão devagar,Que parece Nossa Senhora Pelos silêncios a sonhar . . .