quinta-feira, 7 de janeiro de 2010

A casa

Sobre esta noite tenho a dizer que me entram ruídos de gente, como vozes sem endereço os ventos são como engenho na janela e provocam luas de frases longas tenho a dizer que tudo é pacato como as aparências das ruas distantes, dos moinhos vazios aqui está a minha casa e seus cheiros e lugares escondidos nada pra ela é objeto, tudo se contaos amores que tive, os que não tive, os que invento Se apropria dos ruídos, dá endereço às vozes Embaralha o silêncio, despedaça os moinhos fica dona do tempo