Eu quase não existo Quando finjo, ao mundo,Prudentemente existir E não me sentir em tudo.Eu sou o retrato da alma Fracassada, derrotada,Lentamente estagnada:Eu não me enxergo em nada.Como borboleta sem rumo,Vivendo presa em casulo Vou seguindo um caminho Que do futuro leio tudo.Eu quase não sou Quando tento, inútil ser O destino que me impôs O amanhã que não sei viver. Eliana Lawin;