sábado, 9 de janeiro de 2010

Sensibilidade

Existe um princípio que é a peregrinação. A vida deve ser uma busca - não um desejo, mas uma pesquisa: não uma ambição para tornar-se isso, para tornar-se aquilo, um presidente de um país, ou um primeiro-ministro, mas uma pesquisa para encontrar 'Quem sou eu?'. É muito estranho que as pessoas que não sabem quem são elas, estão a tentar se alguém. Elas nem mesmo sabem quem elas são neste momento! Elas não conhecem os seus seres - mas elas têm um objectivo de vir a ser. Vir a ser é a doença da alma. O ser é você e descobrir o seu ser, é o começo da vida. Então cada momento é uma nova descoberta, cada momento traz uma alegria. Um novo mistério abre as suas portas, um novo amor começa a crescer em si, uma nova compaixão que você nunca sentiu antes, uma nova sensibilidade a respeito da beleza, a respeito da bondade. Você torna-se tão sensível que até a menor folha de relva, passa a ter uma importância imensa para si. A sua sensibilidade torna claro para si que pequena folha de grama é tão importante para a existência quanto a maior estrela; sem esse folha de grama, a existência seria menos do que é. E essa pequena folha de grama é única, ela é insubstituível, ela tem a sua própria individualidade.E essa sensibilidade criará novas amizades para você - amizades com árvores, com pássaros, com animais, com montanhas, com rios, com oceanos, com as estrelas. A vida se torna mais rica enquanto o amor cresce, enquanto a amizade cresce...Quando você se torna mais sensível, a vida se torna maior. Ela não é um pequeno poço, ela se torna oceânica. Ela não está confinada a você, sua esposa e seus filhos - ela não é confinada de jeito algum. Toda essa existência se torna a sua família e a não ser que toda essa existência seja a sua família, você não conheceu o que é a vida. - porque homem algum é uma ilha, nós estamos todos conectados. Nós somos um vasto continente, unidos de mil maneiras. E se o nosso coração não está cheio de amor pelo todo, na mesma proporção a nossa vida é diminuída. A uma grande sensação de pertencer ao mundo. Este é o nosso mundo - as estrelas são nossas e nós não somos estrangeiros aqui. Nós pertencemos intrinsecamente à existência. Nós somos parte dela, nós somos o coração dela.