quinta-feira, 7 de janeiro de 2010

Mesmo de olhos vendados, meu amor...

Mesmo de olhos vendados , meu amor..Vejo-te nas sombras dos beijos que ficaram por darImagino-te no chilrear dos lábios,Como se fossemos pássaros de asa contenteMesmo de olhos vendados, meu amor…Oiço-te as emoções marulhadas no teu (nosso) marCheiro-te os anseios nos teus silêncios sábiosCaminho-te com mãos de veludo em luar de mudez estridenteMesmo de olhos vendados , meu amor..Colho-te afectos nos canteiros em flor desarvoradaPressinto-te em espasmos de sorriso ardentePorque tu morres-me no olhar para nasceres em tremor de almaMesmo de olhos vendados, meu amor..Vou amar-te numa escuridão sem madrugadaCalar a minha aura com a tua presença de estrela intermitenteVontade de ser galáxia para que te embales em noite estreladaMesmo de olhos vendados, meu amor…Eu encontro-te no breu dentro de mim e sussuro-te:É para sempre