quarta-feira, 6 de janeiro de 2010

NATAL DOS POBRES

Na casa pobre, triste e escura Gelada, sem nada sobre a mesa,Há fome, amargura, frio, tristeza,Copos vazios e uma côdea dura.À meia-noite em ponto, um gemido,Uma praga, um grito de revolta,Palavras sem sentido à rédea solta,Que só traduzem o ódio ressentido.Nos caixotes do lixo amontoados Os restos dos banquetes dos senhores.Ossos, restos de pão, bolos mordidos.E eles, de madrugada esfomeados,Vão como os cães virar os contentores E matam a fome em restos já comidos.FELIZ 2010 ELIANA LAWIN